Uma árvore rara, considerada em perigo de extinção, foi descoberta pelo engenheiro florestal Marcelo L. Brotto, servidor que integra a equipe do Herbário do Museu Botânico Municipal (MBM) de Curitiba. É a Ocotea marumbiensis, árvore da família das canelas (Lauraceae), que ganhou este nome em alusão ao Pico do Marumbi, na Serra do Mar paranaense, onde foi encontrada.
Vista do Museu Botânico Municipal (MBM) de Curitiba ao fundo Foto: Rogely Neves |
"Eu desenvolvia um mestrado em Botânica na Universidade Federal do Paraná, quando coletei uma amostra com flores que não consegui enquadrar em nenhuma das espécies já conhecidas", conta Brotto.
A espécie, descoberta e catalogada por Brotto em 2012, apresenta como características: altura aproximada de 10 metros de altura, suas flores são esverdeadas e seus frutos, quando maduros, são pretos e lustrosos. A florada normalmente ocorre em janeiro a outubro e os frutos podem ser observados entre maio e novembro.
Partes de Ocotea marumbiensis utilizadas para identificação da espécie
Ainda segundo Brotto, a espécie é endêmica e por isso o status da espécie quanto à extinção. "A árvore tem distribuição restrita, encontrada apenas no Paraná e Santa Catarina", informa o pesquisador.
Um dos trabalhos desenvolvidos no Museu é a pesquisa de novas espécies e as pesquisas acontecem em todo o território nacional. "Pesquisamos em todo o Brasil", diz. "Quanto maior for o número de espécies catalogadas numa região, mais importante e rica é a sua biodiversidade", justifica. Desde 1965, a equipe do Museu coletou 530 novas espécies que estão à disposição no acervo para a consulta por pesquisadores. "A grande maioria foi coletada pelo dr. Gerdt Hatschbach, fundador do herbário em 1965", afirma Brotto.
Ocotea marumbiensisExsicata contendo partes reprodutivas da espécieFoto: Valdecir Galor |
Nenhum comentário:
Postar um comentário